segunda-feira, junho 09, 2008

um índio

Primeiro brasileiro. Hoje eles são poucos. No meio da polêmica, se são brasileiros, se não são. Se são uma classe de brasileiros diferentes de nós outros, que não podemos entrar no território deles. Reservas indígenas, Amazônia, fronteiras, meu bom Carlos Minc entrando numa fria. Ser ministro no Brasil é um típico programa de índio. Com cotação máxima: 5 ocas, segundo a revista Quatro Rodas. E no entanto, que bom ser índio numa hora dessas _ mas índio mesmo, aculturado não vale _ e não ter o estresse da vida urbana.

Uma amiga minha acaba de se mudar para o mato. Não sei se compensa, mas é uma tentativa. Só que ela não é índia e vai ter de se acostumar com uma vida sem cinema, sem delivery, sem táxi nem metrô. Não sei se vai dar certo. Leio o livro "Nova York, do Oiapoque ao Chuí", com histórias de brasileiros que vivem na selva urbana onde eu também já estive, na condição de moradora, por pouco tempo. Não me dei muito bem em Nova York, ou Nova York não se deu muito bem em mim. Mas adoro aquela cidade, quando estou de passagem. E `as vezes fantasio uma volta com mais experiencia. Como também fantasio Paris, mas acabo sempre com os pés plantados no Rio de sempre, até que me expulsem da minha cidade.

E quem me expulsaria da minha cidade? Boa pergunta. Abram os jornais, por favor.