quarta-feira, agosto 29, 2012

Canopus

Foi no ano de 1988 que o Tutty tocou no Japão pela primeira vez. Era minha segunda ida lá (a primeira fora em 1985, no Festival Yamaha, onde fui acompanhada pelo grupo japonês Spic and Span), e desta vez pude levar grupo próprio. O baixista, já então, era o Rodolfo. No piano estava Nelson Ayres. Foi uma série de shows promovidos pela revista Latina, em teatros de tamanhos variados. Começava a se consolidar ali minha relação com as plateias japonesas, que cresceria mais e mais com o tempo.

Ali começou outra relação, profissional e pessoal, bastante sólida: a do Tutty com o luthier e engenheiro Shinichi Usuda, que naquela época havia desenvolvido uma caixa, chamada Zelkova, feita de uma só peça circular de madeira, sem emendas. É esta que aparece na foto (com meu belo companheiro na flor dos seus 40 anos). Mais tarde o sonho de seu criador se realizaria, e a Canopus se transformaria numa grande companhia e fábrica de baterias completas, feitas de maneira quase artesanal, que hoje correm mundo e são respeitadas como instrumentos de primeiríssima linha. Em 1988 era uma simples lojinha de rua, ainda pouco conhecida, à qual fomos levados por nosso amigo, e percussionista do Spic and Span, Tomohiro Yahiro.

(também do Spic and Span, diga-se de passagem, nos ficou outra grande amizade: o baterista e líder do grupo, Kazuo Yoshida, que foi produtor de vários CDs meus e continua ligado ao meu trabalho)

Dali para a frente a Canopus foi crescendo, e hoje conta entre seus endorsements com grandes nomes do instrumento, como Brian Blade, Adam Nussbaum... e Tutty Moreno. Mérito de Usuda-san, um sonhador que deu certo.

1 Comments:

At 11:06 AM, Blogger pituco said...

grande tutty...abrsonoros

 

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