quinta-feira, novembro 01, 2012

o tempo e as águas

Os céticos das mudanças climáticas vão ter de engolir essa. Em NY - onde estivemos há apenas um mês atrás, com clima super agradável - o caos finalmente chegou. Já houvera o 11 de setembro, trazendo outro tipo de caos. Agora é a Natureza, assim mesmo com maiúscula, o Imponderável, o Imprevisível.

(na foto, o Imponderável carioca - as chuvas de abril de 2010, o mar de lama bem em frente à nossa casa, numa demonstração assustadora do quanto somos impotentes frente a esse tipo de desafio)

Recebemos notícias dos amigos que moram em Manhattan, a maioria pegando carona em wi-fis de cafés Starbucks, pois estão sem energia em casa, sem telefone, elevador, aquecimento, banho quente. New York é cidade costeira, assim como Rio, Tóquio, Havana e tantas outras. O aumento do nível das águas dos oceanos nos atinge diretamente. Não dá pra entender que ainda exista quem duvide do aquecimento global. Como diria Dorival pai, só louco.

Enquanto isso, aqui no Rio, enquanto esperamos as próximas chuvas e suas consequencias, os engarrafamentos há muito atingiram o temido nível paulistano. As montadoras despejando carros nas ruas a preços módicos e o transporte público de péssima qualidade, fazendo com que cada um queira passar aquelas longas horas do rush num cantinho pra chamar de seu, só fazem piorar a situação. Por enquanto estou tentando concentrar minhas atividades no meu bairro, fazendo tudo a pé. Mas nem sempre isso é possível, e o tempo gasto nos deslocamentos dá uma sensação frustrante de perda.

Água e tempo, dois bens caríssimos e preciosos neste milênio entrante. Quem tem, procure economizar.

1 Comments:

At 3:49 PM, Blogger Luiz Antonio said...

Porto Alegre marcha "orgulhosamente"
para esse perfil de cidade, infelizmente se achando a caminho do crescimento e da modernidade.
mesmo com enchurradas de infomação, publicações, estudos em geral sobre unrbanismo, planejamento, sustentabilidade a cidade ainda é gerida por habitantes e governos desinformados do que seja HABITAR, COVIVER, SOBRE RUAS, CASAS, SOBRE QUANDO AS RUAS VIRAM CASAS. A mentalidade parou na revolução industrial, ainda pensam como máquinas e esquecem que são homens e que habitam um planeta que tem um dono e sua obra: a natureza commo um todo e o "ser humano".
Parece até discurso do Gentileza, né? Mas as vezes tenho que concordar que o negócio é "deixar a nave pousar, deixar
a nave descer com povo de lá..." vai ser triste, abandonar a casa por não ter sabido cuidar dela.

 

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