segunda-feira, janeiro 28, 2013

o chão que eu piso

Sempre levei muitos tombos na vida, tombos de verdade, desde criança. Tantos, que num dado momento escrevi uma história que tinha uma personagem especializada em tombos. Meus tombos têm razões diversas e combinadas: astigmatismo, o chamado genu valgo normal, equilíbrio precário, etc. Melhorei: hoje não saio sem óculos e faço exercícios para melhorar o equilíbrio. Mas ando sempre olhando pro chão, para não ser apanhada de surpresa. Dá certo.

De tanto olhar o chão, acabei descobrindo belezas nele que eu não veria se não estivesse tão atenta. E comecei a fotografá-las. Brevemente irei criar uma página com estas fotos, sem nenhuma pretensão, só por puro prazer. Peço emprestado o título do lindo livro de Salman Rushdie, "The Ground Beneath Her Feet" ("O Chão Que Ela Pisa" - onde a personagem principal é literalmente 'engolida' pelo chão).

Vai acima uma dessas fotos do chão que eu piso, feita em Colônia, Alemanha, ano passado. Vejam como o chão às vezes pode ser bonito.

PS- e como a vida pode ser triste, às vezes! Santa Maria: "menino, não morra cedo/ menino, não chegue tarde", como diz a letra de Cacaso. Quanta tristeza.

4 Comments:

At 8:48 PM, Anonymous Márcia said...

Nossa, identifiquei-me com os tombos e pelos mesmos motivos, falta de equilíbrio, astigmatismo e principalmente não olho para o chão na caminhada, pois também caio muito, mas desta vez teve uma luxação no cotovelo bem forte. Até gostaria de saber quais são os exercícios de equilíbrio, pois faço yoga, mas os quais tenho dificuldade são justamente os de equilíbrio. E quanto a olhar o chão, vou tentar, mas gosto de olhar o horizonte, para frrente, às árvores, pessoas, e outras coisas mais.

E quanto as frases que você colocou do poeta Cacaso, que também teve muito cedo a passagem dele , como se encaixou para a ocasião triste que estamos vivendo por Santa Maria
Vale a pena no blog do poeta e escritor Fabrício Carpinejar do Rio Grande do Sul, que escreve um txto emocionante. O nome do texto é: "A maior tragédia de nossas vidas".
E que cada um de nós com sua fé, crença, possamos orar por cada pessoa que se foi, familiares e os heróis que ficaram para salvar outras pessoas, mas infelizmente acabaram não resistindo.

Márcia

 
At 9:40 AM, Blogger Luiz Antonio said...

Pois é, Joyce. Não sofro com tombos ou tropeços, mas por profissão,Arquiteto, aprendi a olhar sempre para cima descobrindo belezas em frontões, telhados, janelas e a olhar o chão onde piso: belas imagens. Desse caminhar gosto ouvir o barulho das folhas sendo arrastadas pelo vento, pelas ruas, "cricrilando" no chão outonal ou formando tapete,s como o de sua foto, de pétalas depois de uma chuva de primavera (tem gente que é só caírem as folhas para saírem a varrer as calçadas. Flores nunca serão lixo urbano e sim um pouco de sensibilidade a tocar a alma de quem por ali passa.

PS - Aqui no RS a dor é grande. O que me chama a atenção é que , valendo-se de tua linda lembrança do Cacaso, não só em tragédias como essa: em estradas, ruas, em baladas, em trânsito é cada vez mais comum os filhos virarem as "pedras da lua" de seus pais numa inversão da lei natural da vida. Independente de que se apurem responsabilidades a qualquer dessas situações eu realmente não sei se isso é somente uma mudança de comportamento dos "tempos modernos" ou a constatação de que anda faltando alguma coisa dentro das famílias, para ser repassada aos nossos filhos?

 
At 2:54 PM, Blogger pituco said...

joyce,

happy tudo nesse teu dia...

abrsonoros

 
At 5:28 PM, Blogger joyce said...

Obrigada!

 

Postar um comentário

<< Home