quinta-feira, julho 11, 2013

Então o negócio é o seguinte:

É a lama, é a lama.
Vou explicar pra quem não entendeu. Se precisar eu desenho.

- Compositores são profissionais da música. O direito autoral é o salário do compositor.

- Imagine a vida sem música. Tire a música das TVs e das rádios e veja se alguém vai querer sintonizar.

- Na totalidade dos países civilizados, o direito autoral funciona na base da gestão coletiva: uma entidade arrecada e distribui aos autores o dinheiro correspondente ao que se utilizou. É muito dinheiro.

- Agora, colega, veja o que vem a seguir. Vou copiar de um artigo que recebi hoje, via internet, dos amigos Carlos Lyra e Magda Botafogo, publicado na imprensa alternativa (claro!) e que sintetiza o drama que estamos vivendo:

"Ao longo dos últimos anos, várias empresas de comunicação (principalmente grupos de TV aberta e fechada) vêm sendo continuamente condenadas judicialmente a pagar o que devem às entidades gestoras dos direitos dos criadores musicais. No entanto, para fugir das determinações da Justiça, essas corporações não só adotam a velha estratégia de desqualificar o credor como, na impossibilidade de descumprir as decisões dos tribunais, resolvem simplesmente trabalhar para revogar as leis que garantem os direitos dos trabalhadores da música. É exatamente esse o papel do PLS 129/12, que, gestado numa CPI midiática, presidida pelo (...) senador Randolfe Rodrigues, teve a leviandade de acusar sem provas, ainda que não tivesse sequer a capacidade de produzir um relatório próprio: sem disfarçar interesses, o relatório da CPI foi encomendado aos representantes brasileiros do Creative Commons, movimento financiado por organismos multinacionais (Google, Fundação Ford e outros) que buscam a flexibilização dos direitos intelectuais em todo o mundo, tendo como estratégia a difamação das entidades de cobrança de direitos autorais. Tudo isso com o fim de gerar mais lucros para as empresas de comunicação e provedores da Internet que recusam pagar corretamente os direitos dos criadores, embora lucrem fabulosamente com seus negócios, nada gratuitos, por sinal. Foram esses senhores que redigiram também o PLS 129/12, que afora o desplante de contrariar frontalmente o princípio não-intervencionista expresso na Constituição Brasileira, comete até a leviandade de propor a criação de um monstrengo estatal para garrotear as entidades de classe dos artistas brasileiros. Um novo cabide de empregos a serviço da antidemocracia, absurdamente cogitado no próprio momento em que a Presidente Dilma, diante da crise econômica que se desenha, propõe o enxugamento da máquina de Estado e até mesmo a diminuição do número de ministérios."

 Quem vai se dar bem nesta história? Procure saber.



2 Comments:

At 5:04 PM, Blogger Luiz Antonio said...

Joyce,
Nem tenho o que falar sobre isso. De música sou ouvinte.
Só lembrei desse teu post , que li hoje cedo, depois de ver na internet o seguinte:
"A mídia impressa brasileira enfrenta uma crise e perde leitores para as mídias online, de acordo com reportagem do jornal The Economist publicada nesta sexta-feira. Segundo a publicação, os jornais se esforçavam para colocar seu conteúdo na web, mas os leitores estão preferindo "vasculhar" as mídias sociais a navegar nas versões digitais de jornais e revistas convencionais..............................................Para complicar, as notícias na internet estão espalhadas por portais, blogs e sites agregadores que "canibalizam" as fontes de notícias convencionais. E a fidelidade também ficou tara trás. Mesmo quando a mídia online ganha espaço, ela não consegue ampliar os ganhos com publicidade."

Por um "ponto de vista, ainda que meio míope" se trata de "pirataria da notícia"...causando seus prejuizos vamos ver como eles vão se defender.

 
At 6:52 PM, Anonymous Baptistão said...

Acabo de ler matéria na Carta Capital a esse respeito. Na foto, ao lado da Dilma, colegas seus comemoram a aprovação do projeto: Caetano, Roberto Carlos, Erasmo, Fafá de Belém. Eles foram ao planalto fazer pressão pela aprovação. Tiro no pé? Interessante o texto que você postou, mostra o outro lado da questão.

 

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