segunda-feira, dezembro 07, 2015

Na Berklee (Parte 2)

Primeiras notícias da minha semana na Berklee: chegamos ontem, e ontem mesmo já rolou um primeiro ensaio com a orquestra de alunos - uma banda de 25 músicos. O pessoal tinha me deixado à vontade pra escolher a formação que eu preferisse - cordas, sopros, um grupo maior ou menor, enfim... Como gosto de sopros, a orquestra ficou centrada nisso. Como também uso muitos vocais nas minhas gravações, um grupo adicional de 6 cantores foi incluído. 

Fiquei feliz em ver o equilíbrio de gênero na orquestra, rapazes e moças em número mais ou menos equivalente, e em todos os naipes. O naipe dos metais é predominantemente masculino (existe alguma relação misteriosa entre testosterona e saxofones?), com exceção da trombonista chinesa. Em compensação, o naipe de flautas (excelente, aliás) é todo feminino. O naipe de cantores (dois rapazes e quatro moças), dirigido pelo professor japonês de técnica vocal, é muitíssimo bom, cantando num português quase fluente. Destes, destaque para a colombiana Ana Maria, que fez o meu papel durante o último mês de ensaios, cantando lindamente minha parte, e que vai ganhar um solo em 'Misterios'. Um jovem e excelente violonista de Curitiba chamado Eduardo (ainda não sei o sobrenome) também arrasou sendo 'eu' nos ensaios. E temos mais dois brasileiros na base, o batera Rafael e a percussionista Nêga.

 Já deu pra ver também que a Berklee funciona meio no estilo Nações Unidas, com gente de tudo que é lugar. Americanos são maioria, mas tem muitos asiáticos (Japão, China e Índia na dianteira) e sul-americanos (Brasil  e Colômbia à frente). O baixista é australiano. Da Europa não vi ninguém, e acho que isso se deve à espetacular qualidade das escolas de música de lá.
Serão 15 músicas do meu repertório autoral, temos pouco tempo pra deixar tudo pronto até quinta, mas vai ficar lindo, garanto! Up and away, para o alto e avante, e enfrentando corajosamente os 3º que está fazendo lá fora...